quinta-feira, 23 de abril de 2009


Fala-me, anjo de luz! és glorioso À minha vista na janela

à noite Como divino alado mensageiro

Ao brioso olhar dos frouxos olhos Do homem

que se ajoelha para vê-lo, Quando resvala

em preguiçosas nuvens Ou navega no seio do ar da noite.

Romeu Ai! Quando de noite, sozinha à janela

Coa'a face na mão te vejo ao luar

Por que, suspirando, tu sonhas donzela?

A noite vai bela, E a vista desmaia Ao longe na praia Do mar!

Por quem essa lágrima orvalhar-te os dedos

Como água da chuva cheiroso jasmim?

Na cisma que anjinho

o te conta segredos?

Que pálidos medos? Suave morena, Acaso tens pena De mim?

Donzela sombria, na brisa não sentes

A dor que um suspiro em meus lábios tremeu?

E a noite, que inspira no seio dos entes

Os sonhos ardentes, Não diz-te

que a voz Que fala-te a sós Sou eu?

Acorda! Não durmas da cisma no véu!

Amemos, vivamos, que amor é sonhar!

Um beijo, donzela! Não ouves?

No céu A brisa gemeu... As vagas murmuram...

As folhas sussurram: Ama

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